Vivemos numa era em que a tecnologia médica avança a passos largos, oferecendo tratamentos cada vez mais sofisticados para doenças complexas. No entanto, paradoxalmente, a saúde da população continua a deteriorar-se, com um aumento preocupante de doenças crónicas, consumo excessivo de medicamentos e serviços de saúde sobrecarregados. O que falha, então, neste cenário? Uma resposta clara está na falta de investimento na medicina preventiva, ou medicina da saúde.
Em Portugal, como em muitos outros países, o sistema de saúde está estruturado para intervir principalmente quando a doença já se instalou. A prevenção, que deveria ser a base de qualquer estratégia de saúde pública, ainda recebe uma atenção insuficiente. Promover estilos de vida saudáveis, investir em educação alimentar, incentivar a prática de actividade física e adotar abordagens complementares de cuidado são medidas essenciais para inverter este quadro. Contudo, permanecem subvalorizadas nas políticas de saúde.
A medicina convencional, com todos os seus méritos, beneficiaria de uma abordagem mais integrada e aberta à complementaridade. Práticas como a Homeopatia, a Acupuntura, a Medicina Tradicional Chinesa, Osteopatia, Quiroprática, Ayurveda, etc, têm demonstrado resultados positivos na promoção da saúde e no equilíbrio do organismo. Longe de substituir a medicina convencional, estas abordagens podem actuar como aliadas, contribuindo para a redução da necessidade de tratamentos agressivos e para uma maior qualidade de vida.
Além do benefício evidente para a saúde das pessoas, investir em medicina preventiva significa uma redução significativa da despesa pública em medicamentos e tratamentos crónicos. Ao cuidarmos melhor da saúde antes que a doença surja, evitamos hospitalizações prolongadas, consultas constantes e a crescente dependência de fármacos.
A Homeopatia, em particular, pode desempenhar um papel crucial na prevenção de doenças em bebés e crianças. Nos primeiros anos de vida, os mais pequenos estão frequentemente expostos a vírus e bactérias, especialmente em ambientes como infantários e creches. O uso excessivo de medicamentos convencionais, como antibióticos e antipiréticos, pode comprometer o equilíbrio imunológico natural. A Homeopatia oferece uma alternativa segura e eficaz, fortalecendo o sistema imunitário e reduzindo a frequência e intensidade das infeções. Desta forma, contribui para uma infância mais saudável e para a redução da carga medicamentosa nas fases mais sensíveis do desenvolvimento.
A verdadeira evolução na saúde pública acontecerá quando passarmos a encarar o ser humano de forma holística, compreendendo que a prevenção não pode ser uma opção secundária, mas sim a base de qualquer sistema de saúde eficiente. A integração de diferentes formas de medicina, num trabalho complementar, pode abrir novas possibilidades e permitir que mais pessoas beneficiem de abordagens que respeitam e fortalecem o equilíbrio natural do corpo.
Se queremos uma sociedade mais saudável, é tempo de mudar o paradigma: prevenir em vez de remediar, integrar em vez de dividir. Afinal, a saúde não deve ser apenas a ausência de doença, mas um estado pleno de bem-estar físico, mental e emocional.
