“Nunca pensei recorrer a uma consulta destas, mas o desespero e a falta de respostas fizeram-me dar este passo”
Foi desta forma que começou a primeira consulta desta tarde. Uma mãe olhou-me nos olhos e disse-me : “Não estou aqui como Pediatra, mas como mãe à procura de uma resposta para a minha filha…”
Neste dia, em tons de castanho envolvido numa estranha chuva poeirenta, revivi, numa espécie de sonhar acordado, conceitos e convicções em forma de balanço ou retrospectiva dos meus anos de prática como homeopata.
A Homeopatia como método terapêutico tem quase 300 anos. A eficácia dos seus medicamentos tem sido a resistência sólida contra as inúmeras investidas ao longo dos anos na tentativa de descredibilizar esta prática.
Só a eficácia dos tratamentos poderia ter alavancado a Homeopatia para um destacado 2º lugar nos métodos de tratamento a nível mundial, depois da medicina alopática (convencional).
Os maiores críticos da Homeopatia são, certamente, pessoas saudáveis, com familiares próximos saudáveis e que, felizmente, não precisam da nossa ajuda. Por isso criticam, em artigos de opinião nos mais diversos meios de comunicação.
Quem critica este método curativo, não entende que a doença precisa de ser combatida com esforços consertados, com muitas sinergias entre as diferentes medicinas e que a complementaridade é o único caminho para os desafios complexos que começamos a vislumbrar para o futuro da humanidade e de todos os seres vivos em geral.
Com tudo aquilo que temos vivido nos últimos dois anos, é fácil prever que um dos principais desafios dos próximos tempos e das próximas gerações, é a saúde.
A medicina convencional tem limites, a Homeopatia tem limites, todas as formas de medicina têm limites. Se queremos mesmo ajudar as pessoas, se essa for a principal razão para termos escolhido uma área terapêutica, temos que colmatar os limites de cada medicina, unindo as áreas do saber médico numa sinergia de complementaridade multi disciplinar.
Foi o que esta mãe, pediatra, fez hoje!
É o que faço sempre que necessário, comigo, com a minha família e com os meus pacientes.
Quem não entende este elementar pensamento?